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Psicopatia

por PAS, em 24.06.08

Jornalista é preso por crimes sobre os quais escrevia na Macedônia in Folha Online

não são muitas as notícias que me encaminham à divagação, no entanto encontrei-me nesse pathos ao ler esta nova.
o seu quase cinematográfico enredo - à memória gritam nomes como Zodiac ou Se7en - e contornos de excentricidade, levaram-me a questionar a origem do criminoso macedónio, ora um individuo de mente tão fértil e hollydowesca não podia ser sem um qualquer temperamento norte-americano, afinal essa gente (entenda-se psicopatas) só mora do outro lado do Atlântico.
diz quem sabe (digo eu) que a psicopatia nasceu de um pato, que não era pato na realidade, mas antes um mero fenómeno de adopção por uma família de patos, na realidade esse pato - feio ao que parece - era um cisne, uma raça de aves benquista pelos lagos mas malquista pela comunidade patal.
ora "o pato" residia algures no Lago Michigan, antes do aparecimento das descargas municipais, com a sua patética família, que não obstante a sua fealdade olhava para ele como um igual na tentativa de regenerar a sua condição social (um típico elephant man). era quase normal sentir-se embicado pelos demais patos da sociedade, não sabendo porém que um alter-ego se moldava com formas de vendetta... era o psico-pato.
a descoberta da psicopatia acabou por surgir após um encontro de contornos traumáticos para qualquer ave, "o pato", individuo conformado com o seu estatuto outcast, encontra por obra do acaso, num lugar recôndito do virgem lago, uns "patos" seus semelhantes, altivos e elegantes. mas "o pato" não via elegância, via deformidade, não via pureza mas antes conspurcação, e no seu peito de pato (sem laranja) apertava-se o sentimento de ultraje: a culpa era daqueles seres anómalos que o fizeram ser diferente da sua mãe, e num ápice o alter-ego até então bem alimentado pela inoperância psicológica dos patos doutos, suprime "o pato" e lança o psico-pato numa espiral de violência, terminada apenas com a chegada dos três patinhas. inúmeros cisnes foram mortos, sempre através do mesmo modus operandis, com um calculismo nunca visto por aquelas terras patéticas.
mais tarde, nas suas memórias, "o pato", nome de guerra "patinho feio", viria a descrever todas as suas patologias e até hoje fica para a história o nome da sua esposa querida, conhecida por uns como morte, para ele apenas psicopatia.

PAS

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3 comentários

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Peter Pan a 25.06.2008

tio patinhas?
chamaram?

quá-quá.

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