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Sol, Chuva e Fezes

por PAS, em 01.09.10

Este Verão – Inverno noutras zonas do globo – tem sido particularmente difícil de racionalizar, temperaturas altas em zonas amenas, chuvas torrenciais anómalas, pessoas de camisola no Rio de Janeiro... enfim, um festim para os defensores dos efeitos nefastos das supostas alterações climáticas, uma dor de cabeça para aqueles que, qual teoria do caos, não acreditam que pelo simples facto de assobiarem para o lado sobre as causas de tão díspares sinais climatológicos, uma borboleta levanta voo no hemisfério contrário e que cai uma enxurrada num quintal num ponto qualquer do outro lado do mundo. Al Gore deve estar nas suas sete quintas... nenhuma da enxurrada, claro!

 

Tenho que assumir que sou leiga no assunto, limito-me a levantar de manhã, olhar pela janela e avaliar a minha toilet de acordo com a observação. E a minha avaliação sobre os assuntos climáticos resume-se a uma pesquisa no Google sobre o estado do tempo nos 10 dias seguintes. No entanto o meu intelecto, limitado mas com tendências para a emancipação, tende a contrariar certos processos de consciencialização da sociedade; eu não sei se o papel que é atirado para o chão produz de facto um efeito negativo àquela película invisível – para os leigos, como eu – de nome Ozono, mas receio que a argumentação para a sensibilização social esteja a cair no obsoleto, pelos visto o pessoal está-se todo a marimbar para as vicissitudes do tempo, ou para um Ozono qualquer que provavelmente em questionário mais depressa é associado a um qualquer DJ que a uma layer crucial do nosso planeta.

A realidade porém chega-me todos os dias à porta do meu cada vez menos digno lar e cada vez mais simbólico monumento à esterqueira. Assim é! Está pois aquela entrada em plena cidade de Lisboa – uma das que oferece melhor qualidade de vida no mundo???? – entregue à sensibilidade social da nata lisboeta, ou neste caso à falta dela. Estou neste momento sob um dilema de proporções galácticas, não sei se hei-de contactar com as autoridades e reportar o desaparecimento dos almeidas, e expor aquilo que poderá ser uma manobra de uma organização criminosa internacional direccionada para o rapto e exploração de almeidas para fins lucrativos, colocando a minha família em risco; ou se, por outro lado, devo contactar a Câmara Municipal e questionar se está a decorrer algum concurso de esculturas recicladas, nas ruas de Lisboa, estando o mesmo ainda em fase de recolha e agrupamento de material, sendo a minha porta um claro receptáculo do mesmo! Um verdadeiro Ponto Castanho, para colocação de merda reciclável.

Certo, certo é que a história da carochinha e das alterações climáticas são mega giras mas o interesse reside apenas para uma percentagem equivalente àquela que se senta no fastio da Assembleia da República, a defender os Verdes! Sugiro por isso que comecem a penalizar aqueles que cagam as ruas, particularmente a porta da minha, e só depois se preocupem com a lavagem cerebral sobre o tempo e o El Niño.

 

Entretanto para aqueles que ainda assim preferem dedicar os enleios à justificação de fenómenos meteorológicos sugiro este ficheiro secreto: Mistério de chuva de fezes intriga cidade francesa.

 

PAS

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