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Voto útil ou inútil

por PAS, em 26.05.11

(Comentário inserido na iniciativa: Faça a sua Declaração de Voto, in Aventar)

 

 

É inacreditável, com o devido respeito que me merecem as opiniões dos comentadores, a falta de cultura politica que reina em Portugal. Chegam a ser quase criminosas certas afirmações de motivações políticas de determinados partidos. Para ter a cereja no topo do bolo só falta mesmo a ideia de voto estético “porque este é mais bonito” ou “porque aquele é mais velho”.
De facto num país assim onde a iliteracia reina, não há como escapar a governos incompetentes (como o pretérito, de Sócrates), que põe cada cabeça portuguesa a pagar aquilo que muitos jamais saberão contar.
A história para muitos é um queijo Emmental, é de memória selectiva. Ninguém se lembra do pós 25 de Abril e do desgoverno absoluto. A falta de dever social que se acomodou sob a égide comunista. Quem decide votar CDU ou BE tem necessariamente que saber o que isso significará:
1. Fuga de capitais – mais desemprego, maior empobrecimento.
2. Sistema bancário inoperante – economia em caos.
3. Nacionalizações sem peso – sector privado em risco.
4. Incumprimento da dívida externa – possível saída da zona euro, espaço schengen e isolamento total das restantes economias.

Quem decide votar no PS de José Sócrates, certamente terá um quê de masoquismo em si, ou então passou por entre as gotas de água durante os aguaceiros dos últimos 6 anos. Não falo apenas na incompetência governativa e do culto de uma personalidade como indivíduo supremo de uma nação, falo também da subserviência a nomes fortes do partido colocados como dirigentes das maiores empresas nacionais, falo de programas sensacionalistas com objectivos funestos face à real educação do país. Falo de um estado social mais degradado; pobres, mais pobres, milionários mais milionários, classe média cada vez mais baixa e um país entregue a uma ajuda externa com salários em risco de incumprimento. É isto que significa votar PS.
Restam os partidos de centro direita, a verdadeira alternativa de governo, sem utopias ideológicas, com programas de emagrecimento do estado (imperativo porque nos custa muito dinheiro) racionalização da educação e saúde(não privatização, apenas mais cara para os mais ricos e mais acessível para os mais pobres); mas mais do que programas é importante relevar a presença de um jovem politico (PPC) com intenções nobres, sem ter ás costas um passado inglório de más governações, e cuja conduta tem pautado pela honestidade, e pela luta para derrotar um programa falhado de socialismo. Acredito piamente que uma AD entre CDS/PP e PSD será em tudo benéfico para o país e para os portugueses… que à conta de ilusões narcisistas terá 3/4 anos de muita dificuldade.

 

PAS

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Observo, hoje, entre a celeuma que se ergue por ordem de uma “geração à rasca”, o percurso corrido e arrastado na lama de miséria que um Estado criou. São anos, quiçá décadas, de subserviência a uma centelha de normas e ditames castrantes e insultuosos à condição humana, ironicamente condecorados pelo “papismo” de líderes políticos sob a égide de reformas, crescimento e competitividade. De permeio, no beiral dessa estrada olhada, vemos a exploração de uma classe de sonhos de morte anunciada. Vemos um princípio de escravidão, que lentamente, qual doença crónica foi evoluindo para se transformar numa relação perniciosa, de autoflagelo e sadismo.

Observo, hoje, a relação promíscua entre a jovem inocência laboral e o patronato como um qualquer síndrome de Estocolmo, onde o flagelante – patrono – toma um papel tão preponderante na sobrevivência do jovem, que este se submete ás condições que o primeiro desenha, sem contestar o conteúdo. E se neste cenário, como qualquer vítima de sequestro, é compreensível o laxismo e a inércia do jovem, pela situação de dependência decrépita que se criou, o mesmo já não acontece na figura de quem assume o papel director. Que dimensão de sadismo existe no corpo de quem submete o futuro da sua prole aos desígnios da precariedade? Quando é que o egoísmo de quem foi um dia filho e jovem se transformou na gerência pérfida desta sociedade?

São falsas questões, tão falsas quanto o caminho que muitos dos protagonistas desta hecatombe social percorreram rumo ao lugar mais alto da hierarquia, contornando regras, subornando opiniões, cultivando títulos de glória sem guerra, sem suor. Contaminando a infância com falsos conceitos de igualdade e justiça, fazendo porventura crer aos seus filhos que a desonestidade é o direito, a mentira o mérito. Que geração esperar desta descendência?

Não compreendo uma sociedade que usurpa quem mendiga pela sobrevivência, em nome da austeridade e permite, qual vassalagem à luxúria e ao fausto, salários principescos a compadres, por certo de qualidades supremas.
Contabiliza-se, de forma oficial, 25 por cento de jovens adultos portugueses no desemprego, arrisco-me a depreender que outros 25 estarão entregues à “misericórdia” do patronato e dos seus falsos recibos verdes, arriscando mês sim, mês também, uma nota de sincero agradecimento pelos serviços prestados junto a uma declaração de dispensa, sem a salvaguarda que a nossa constituição de direito e democracia acertou um dia pela virtude de quem trabalha. É uma chaga. Uma vergonha.

Pergunto que futuro espera uma nação quando hipoteca a vida de quem um dia terá aos ombros a tarefa de a carregar?

 

PAS

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Snob Doutor

por PAS, em 20.05.11

O snobismo da graduação.

Portugal sempre foi um país de preconceitos e alguns despeitos. Sempre olhou de soslaio para aqueles que ora por inabilidade cultural, ora por incompetência mental, ou tão só por falta de recursos não souberam usufruir dos meios que a formação académica ofereceu. É tão ou mais despiciente esta matéria pelo facto de observarmos amplas vezes pessoas sem formação de carácter serem entusiasticamente aclamadas pelo facto de serem doutoradas pelo academismo.

Nunca reduzi a minha percepção da sociedade a esse estigma, nem tampouco limitei as minhas relações a uma pirâmide de nobreza académica, cingindo à base os incautos na cultura. As pessoas são muito mais que o seu titulo académico, que mais não seja por motivos de empirismo. A experiência é infinitamente mais esclarecedora que o academismo, que mais não seja, pela consequência dos actos que protelaram um rumo.

É natural que quem viva numa sociedade com estes preconceitos se proteja com eles, e defina a sua própria noção de sociedade a partir deles, uma visão diferente requer um depuramento do olhar aos assuntos periféricos de cada ego, uma análise para além da superficialidade existente por via do contágio da moda, dos vícios de comportamento tingidos por paradigmas supérfluos, da estandardização do academismo.O academismo não forma pessoas, forma profissões, mas a qualidade intrínseca de cada um é revelada pelo traquejo, pela nobreza de ego, pela habilitação mental. É na ausência desta percepção que a sociedade actual peca, ela jamais conseguirá uma existência equilibrada enquanto perseguir os paradigmas errados.

Um diploma qualquer individuo com meios consegue, já nobreza de carácter...

 

PAS

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10 perguntas

por PAS, em 17.05.11

As perguntas que gostaria que fizessem a José Sócrates:


1. Já explicou ao país que o TGV tem que seguir em frente porque conseguiu um acordo bancário muito vantajoso, com juros e spread baixíssimos que importa não desperdiçar. No entanto, ao que consta esse empréstimo resume-se ao Troço Cacia-Poçeirão, e Poçeirão como o Engenheiro sabe fica em Palmela e não em Lisboa. Gostava que me explicasse como é que será feita a ligação Poceirão-Lisboa e com que dinheiro? Falamos do Troço Poçeirão-Montijo e a terceira travessia do Tejo.

2. Tendo lido o programa eleitoral do PS gostava que me explicasse em que medida reflecte o seu programa a realidade da nação e o programa designado pelo triunvirato? E já agora quando é que pretende defender algumas dessas propostas do programa ao país?


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Triunvirato de escolhas

por PAS, em 11.05.11

Em tempos, década de 1930, houve um individuo de nome Paul von Hindenburg, que criou o ministério da propaganda aquando a tomada de posse do Partido Nacional Socialista Alemão dos Trabalhadores. Joseph Goebbels, responsável pelos desígnios deste ministério, terá sido um excelente professor do actual Partido Socialista pois a forma como controlam e manipulam a informação/cultura é tão preocupante que emite um sinal de estranha adoração pela figura de quem lidera o Partido Socialista, ao ponto de tudo o que diz se transformar em verdade absoluta e absurda, ou na sombra da dúvida se prestar à reinterpretação.

Todos os dias somos confrontados com a presença de um ou mais representantes, nas nossas televisões, rádios, ou jornais, a vender terrorismo político, numa clara tentativa de enunciar a oposição ao conglomerado de mal intencionada, e vestir a mesma de inimigo do povo.

Este comportamento não seria de todo preocupante se a história das sondagens não contasse um crescimento, em todos os pontos indecifrável, nas intenções de voto dos mesmos indivíduos que conseguiram colocar Portugal numa das piores situações de que há memória.

Não seria preocupante se um dos nomes enunciados, como candidato à vitória nas legislativas, não fosse o mesmo do individuo que mente compulsivamente ao seu povo, que afirma arrogantemente que não precisa de ajuda externa, que não se dispõe a governar com esta e dias depois está a chamar um triunvirato de auxílio e a clamar ser o melhor intérprete para liderar os desígnios do povo.

Não, não seria preocupante se o povo português ao invés de beber as palavras de certos intervenientes, de quem se espera uma postura de estadista e elevação e se produzem quais galãs de novela de horário nobre, se mobilizasse no sentido de conhecer a realidade por trás das palavras. Que ao invés de abraçarem partidos quais clubes desportivos, almejando apenas vitórias sem se preocuparem com o conteúdo formal dos mesmos, se preocupem em defender as suas famílias e interesses.

A retórica não alimenta. Agora o conhecimento pode ser o signo da salvação e superação.

Não me preocuparia com o futuro do meu país se encontrasse em cada português eleitor, um português interessado e empenhado em encontrar no leque que se apresenta a sufrágio a solução para a nação e por conseguinte para si.

Por ora preocupo-me e muito. Lembro os alemães, desenvoltos, seduzidos e fascinados por uma retórica deturpada e esquizofrénica de loucos, e penso se eles pecaram como irá este meu povo superar a propaganda?

Resta-me esperar que, dia 5 de Junho, um qualquer génio sirva a consciência global de um discernimento superior ao lixo a que foi exposta.

Porque por estes dias, meses e anos, Portugal é deveras preocupante.

 

PAS

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