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Uns mais afim que outros, enquanto os outros nem sabem do aforismo
Ondas de calor cortam
paredes cinzentas de betão cru,
uma pedra de gelo nos dedos
derrete, mais célere que os segundos
de um velho relógio de parede analógico.
A parca roupa colada ao corpo,
corpo sentado em chão de mármore polido...
olha o teu reflexo como companhia.
There's a limit to your love!
O ar sai lento e entrecortado,
respirar pesado pautado pelo
xingar dos canos secos, inúteis.
Escorre mais uma gota pela fonte,
Parece sempre a mesma, em repetição,
Estico a perna nua e encontro a tua
Húmida, quente, como os meus dedos,
Deixo-a estar. É o meu porto, seguro.
There's a limit to your love!
A ténue névoa quente adensa-se,
pouso os dedos - secos - na face
e escorrego-os numa carícia de presença,
Sinto-os mais teus que meus, insanos
no toque, ásperos na pose e sei que coro.
Já não inspiro. O branco e cinza perdeu-se.
A nuvem virou espectro negro amorfo
Pelo qual espreita, laivos de cores quentes,
tons de laranja e vermelho... sorrio e tusso.
No escuro procuro-te e já não te encontro.
There's a limit to your love!
PAS
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