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Uns mais afim que outros, enquanto os outros nem sabem do aforismo
O caminho para a justiça no futebol há muito tempo que deixou de estar assente na premissa, “marcou mais golos, venceu o jogo, por isso é justo”, o futebol é hoje uma indústria que envolve milhões de euros. Clubes deixaram de ser meras associações desportivas para se transformarem em empresas, geridas com base no rigor financeiro, onde as vitórias são o cunho do sucesso da mesma. Aquilo que antes era parte de um jogo – o erro de arbitragem - e aceitável pela simples condição desse mesmo jogo, hoje influencia o destino dos clubes, das empresas.
Não é lógico, nem tão pouco crível, que a rejeição da modernização da arbitragem, com recurso ás novas tecnologias, resida no argumento, que é “mais puro desta forma”, ou “que o erro faz parte do futebol”. Sim, o erro faz parte de muitos desportos, mas não de forma tão influenciável como acontece no futebol.
É óbvio que não se pode revolucionar uma posição de decisão se não houver abertura para modernizar, uma figura que esforça-se, há décadas, para acompanhar o nível de modernização que o futebol tem sofrido.
Pode haver cepticismo, descrença na solução de erros de arbitragem, ora por ignorância nos meios existentes, ou pela simples razão de se pensar que o recurso às novas tecnologias tenham tendência para tornar o jogo mais lento.
Pois eu tenho uma ideia, um conceito que gostaria de apresentar, que tornaria o árbitro num agente de jogo com acesso a múltiplos níveis de informação, capacitando-o de tomar decisões acertadas, a que hoje está impossibilitado, ou simplesmente destinado a errar.
A ideia reside num simples objecto, auxiliado por uma figura externa, fora das quatro linhas de jogo, com acesso às imagens de jogo em tempo real.
O objecto: Google Glass (ver aqui)
A utilização: Com o Google Glass o árbitro teria acesso a repetições em tempo real através de um feed enviado pelo auxiliar no exterior do terreno de jogo.
Exemplo: Fora-de-jogo duvidoso
Nesta circunstância seria dada continuidade ao lance de jogo, sendo possível com acesso à repetição invalidá-la posteriormente, em caso de irregularidade. Mesmo em situação de golo, este só seria validado depois de confirmada a posição legal do jogador.
Exemplo 2: Penálti
Um jogador cai na área. O árbitro pára o jogo e com acesso às imagens de repetição toma a decisão.
Exemplo 3: Expulsões
Seja por situações de entradas perigosas ou agressões, o árbitro pode consultar as repetições enviadas para o seu Google Glass para avaliar se a expulsão é a decisão acertada.
Exemplo 4: Bola dentro ou fora da baliza
Já está em utilização o olho de falcão no campeonato inglês, dessa forma a comunicação entre ambas as tecnologias seria muito mais estreita e automática. E não existindo o olho de falcão, noutros campeonatos, as repetições seriam novamente o auxílio perfeito para o árbitro.
Num mundo onde as novas tecnologias estão cada vez mais presentes, onde cada vez mais pessoas assistem a jogos pela televisão ou internet, onde pessoas nos estádios têm acesso a informação em tempo real e repetições dos jogos, nos seus smartphones e tablets, é apenas lógico que se assista a uma evolução num desporto que move milhões, tanto ao nível de espectadores como de euros.
PAS
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