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Uns mais afim que outros, enquanto os outros nem sabem do aforismo
caminhamos cegos sobre mentiras. mentiras oferecidas por pequenas janelas tecnológicas que nos parecem conhecer melhor que nós próprios. exploram a infelicidade residente no lugar mais recôndito do ser, e revelam no espelho irreal do vidro de imagens, o reflexo de um âmago corrompido, sem sintomas de verdade ou bom senso.
caminhamos sobre mentiras, à procura de uma promessa que nunca pedimos, à espera de ver regressar a inocência que vendemos numa picada qualquer, de um lugarejo qualquer do tempo. Inibimos a intuição para acreditarmos que a vida é de sentido único… até aqueles pedaços de vida que nos identificam começarem a perecer. nesse “então”, acontece uma dor tão irreal quanto a percepção das alternativas oferecidas pelo caminho da cegueira. nesse “então” olhamos para um qualquer monitor e desejamos devolver o lixo absorvido em troca do tempo perdido… sem esperança e sem resposta.
apesar de tudo ainda sinto que caminho sobre mentiras, mas agora infinitamente mais doces, porque nelas estás tu.
a ti, meu pai...
PAS
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