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Radiohead

por PAS, em 29.09.09

"We're not scaremongering, this is really happening"

 



quando confrontadas, a maior parte das pessoas, reconhece o universo Radiohead como somente uma realidade alternativa, aquele tipo de grunge do inicio da década de 90, de cariz depressivo, mas a música de Thom Yorke e companhia é muito mais que um mero aglomerado de notas dramáticas numa pauta de dor, é poesia. por exemplo Let Down, de Ok Computer, é uma música brilhante, que, no devido contexto artístico, faz lembrar as odes de Cesário Verde. obviamente que não se pode dissociar a música de Radiohead de uma certa componente depressiva, isso seria ignorar alguns dos melhores sons da década de 90, Creep, ou simplesmente Exit Music, escrita propositadamente para a banda sonora de Romeo + Juliet de Baz Luhrmann:

Wake... from your sleep
The drying of your tears
Today... we escape
We escape.


há no entanto todo um mundo fantástico em algumas das letras e músicas da banda de Thom, que relegam as tags de banda depressiva e manifestam todo o poder criativo de uma das mentes mais brilhantes da música das últimas duas décadas, é incontornável ouvir Talk Show Host e não sentir uma sedução a insinuar-se na mente como que a sugerir uma frame de uma cena cinematográfica, de um qualquer filme de gangsters. ou de uma forma mais utópica, a comprovar esta premissa, basta ouvir alguns trechos de Airbag: "In an interstellar burst/i'm back to save the universe", e da fabulosa Pyramid Song.

I jumped in the river and what did I see?
Black-eyed angels swam with me
A moon full of stars and astral cars
All the things I used to see
All my lovers were there with me
All my past and futures
And we all went to heaven in a little row boat
There was nothing to fear and nothing to doubt


no meu universo, que gosto de considerar por vezes pluriverso, são poucos os momentos que considero incondicionais, como experiências a que qualquer ser consciente se deve prestar para compreender o verdadeiro significado do acto de viver, ou sobreviver. qual impressão digital na alma, a música da banda inglesa revela-se como uma ponte entre a condição física e mental, um estado de nirvana só possível pela profundidade dos acordes aliados à voz única de Thom Yorke. só assim concebo Radiohead


www.myspace.com/radiohead

PAS

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Enfim Afim

por PAS, em 05.03.09


faz hoje 15 anos e 11 meses que Kurt Cobain morreu, um número algo redondo mas não o suficiente para fazer o póstumo vocalista dos Nirvana partir guitarras de raiva no etéreo.
é quase universal o conhecimento da relação - antagonismo seria mais apropriado - de Kurt com a banalidade... conclusão: celebremos com alguma aleatoriedade o seu testamento. que melhor razão que a não-razão para ouvir o melhor Rock dos anos 90? be a liar and a thief, and drink some pennyroyal tea.

 

PAS

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Pink Maggit

por PAS, em 24.10.08

“I’ll stick you a little, enough to take your oxygen away…”

é uma balada. um romance negro que se escreve em amargura. num quarto qualquer, uma voz embargada, carregada pela sofreguidão dos actos, apaga os resquícios de luz, ao som, frio, das cordas metálicas que os dedos acordaram.
não se existe naquele quarto, é somente uma dimensão que a dor criou, na esperança de ver crescer uma consciência diferente.

“…I might loose her so forget about me…”



o grito da guitarra subsiste sob o eco da solidão… até ao abrir abrupto da mente encarcerada no desgosto. a voz, aquela voz de sedução sinistra, transfigura-se ao som de uma percussão arrivista que sem tempo, ou lugar, procura a redenção.
o ritmo, antes perdido na sincope do momento, faz regressar a luz perdida, sob uma nova existência orgásmica, sem a empatia disforme do sofrimento.

“…all you are, all you are…”

PAS

Pink Maggit, in White Pony by Deftones (aconselho a ler ao som da música)

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Soldados da miséria

por PAS, em 09.12.07

nos campos rasos pela destruição, milhares de rostos olham inexpressivos para o futuro, lugar de luxo onde vagam poucas esperanças. e aquele estrangeiro, de armas, que defende a miséria, aquele a quem por "sorte" tem a paz de encontrar lágrimas no rosto do sofrimento e o "azar" de tatuar no coração o momento em que um mundo se transforma em dois. o mundo dos que têm que morrer e o outro, sem nome, expectante pela honra do baptismo, pelo caleidoscópio de mentalidades que representa.
assim se pinta o quadro. soldados da miséria.

a Darfur.

Brothers In Arms

these mist covered mountains
are a home now for me
but my home is the lowlands
and always will be
some day you’ll return to
your valleys and your farms
and you’ll no longer burn
to be brothers in arms

through these fields of destruction
baptisms of fire
i’ve watched all your suffering
as the battles raged higher
and though they did hurt me so bad
in the fear and alarm
you did not desert me
my brothers in arms

there’s so many different worlds
so many different suns
and we have just one world
but we live in different ones

now the suns gone to hell
and the moons riding high
let me bid you farewell
every man has to die
but it’s written in the starlight
and every line on your palm
we’re fools to make war
on our brothers in arms


Dire Straits

PAS

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Mutação

por PAS, em 09.10.07

... e porque todos somos melhores amigos de alguém,
e porque todos perdemos alguém ou alguma coisa,
e porque todos recordamos os erros e as vitórias,
todos mudamos, e a mudar sempre estaremos.

PAS


Changes

I feel unhappy
I feel so sad
I've lost the best friend
That I ever had

She was my woman
I love her so
But it's too late now
I've let her go

I'm going through changes
I'm going through changes

We share the eve's
We share each day
In love together
We found a way

But soon the world
Had it's evil way
My heart was blinded
Love went astray

I'm going through changes
I'm going through changes

It took so long To realize
That I can still hear
Her last goodbyes
Now all my days


Are filled with tears
Wish I could go back
And change these years

I'm going through changes
I'm going through changes

Black Sabbath - Vol. 4 (1972)

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Procura-se

por PAS, em 09.05.07

experimentei recentemente o sabor amargo da angústia... não uma angústia qualquer, mas aquela que nos leva ao desespero pela incapacidade de transformá-la em algo menos massacrante. a experiência transportou-me ao pretérito ano de 1992, passava na televisão o videoclip de Runaway Train, dos Soul Asylum, centrado no desaparecimento de várias crianças, por motivos vários...

...runaway train never going back
wrong way on a one way track,
seems like i should be getting somewhere
somehow i'm neither here nor there...

inúmeras faces, inúmeras histórias... e a consciência - assombrosa - do inconsolável sofrimento de todos aqueles por trás das imagens, os mesmos que imolam as suas próprias vidas, as suas almas por um retorno. um desespero sem igual. a perda...

...can you help me and remember how to smile?
make it somehow all seem worthwile,
how on earth did i get so jaded?
life's mistery seems so faded...

experimentei recentemente o sabor amargo da angústia... nela estava o rosto de Madeleine McCann, a inocência era perturbante e senti-me imunda só de olhar a figura etérea...

odeio-me por fazer parte deste mundo.

...i can go where no one else can go,
i know what no one else knows.
here i am just brownin' in the rain
with one ticket for a runaway train...

PAS

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Perfect Sense, part I and II

por PAS, em 12.10.06


The monkey sat on a pile of stones
And stared at the broken bone in his hand
And the stains of a Viennese quartet
Rang out across the land
The monkey looked up at the stars
And thought to himself
Memory is a stranger
History is for fools
And he cleaned his hands
In a pool of holy writing
Turned his back on the garden
And set out for the nearest town
Hold on hold on soldier
When you add it all up
The tears and the marrowbone
There's an ounce of gold
And an ounce of pride in each ledger
And the Germans killed the Jews
And the Jews killed the Arabs
And the Arabs killed the hostages
And that is the news
And is it any wonder
That the monkey's confused
He said Mama Mama
The President's a fool
Why do I have to keep reading
These technical manuals
And the joint chiefs of staff
And the brokers on Wall Street said
Don't make us laugh
You're a smart kid
Time is linear
Memory is a stranger
History is for fools
Man is a tool in the hands
Of the great God Almighty
And they gave him command
Of a nuclear submarine
And sent him back in search of
The Garden of Eden

(Can't you see it all makes perfect sense expressed in dollars and cents pounds shillings and pence...)

Roger Waters in Amused to Death

Ouçam, de preferência a versão live do album In the Flesh... fantástico.

PAS

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Sexy

por PAS, em 28.06.06

estou no meio da pista, cores dançam agitadas à minha volta e embora emparelhada num invulgar número de pessoas, sinto aquele momento exclusivo... meu! a música envolve-me e sinto-o.
o meu corpo ausenta-se da minha mente, como um objecto autómato mexe-se hipnoticamente ao ritmo das batidas sexys que influem pelas minhas veias. o baixo marca os movimentos daquela presença estranha. danço como a rainha da sexualidade: mexe-se o ventre, as ancas deambulam da esquerda para a direita em movimentos circulatórios, as mãos desenham o meu perfil, como que esculpindo virtualmente o corpo insano, enquanto as roupas sufocam de atracção áquele ritmo louco, quase selvagem... e num momento, como que em slow motion observo a minha mente acopular-se ao meu corpo e uma sensação nevrótica estravassa por todos os meus poros, que de tão eléctricos emanam uma aura invisível aos que desconhecem o nirvana.
sinto-me livre, extática... deixo-me levar pelo som... e sinto-me sexy.

PAS

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Daltonismo

por PAS, em 11.06.06

i am color...blind
coffee black and egg white
pull me out from inside
i am ready
i am ready
i am ready
i am
taffy stuck, tongue tied
stuttered shook and uptight
pull me out from inside
i am ready
i am ready
i am ready
i am...fine
i am covered in skin
no one gets to come in
pull me out from inside I am folded, and unfolded, and unfolding
i am
colorblind
coffee black and egg white
pull me out from inside
i am ready
i am ready
i am ready
i am...fine
i am.... fine
i am fine

(colorblind, by the countingcrows)

dizem que o daltonismo atinge só os homens, pois eu vejo muitas mulheres daltónicas deambularem pela vida como representantes de um pantone de cores. mulheres que não sabem amar o que têm, não sabem dar valor ao que têm e depois... não sabem perder o que tiveram.
triste. triste história... é depois dizerem: "como fui tão cega"... blind, eu diria mesmo colorblind.

PAS

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