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Uns mais afim que outros, enquanto os outros nem sabem do aforismo
19.Agosto.2013
Hoje a TVI conseguiu bater o recorde de pior entrevista de sempre num canal de televisão português.
Entrevistado: Lorenzo Nobody Gives a Fuck Who
Entrevistadora: Judite Estaline Sousa
Então o assunto foi, tão só, a enormidade da riqueza do Lorenzo, que nasceu no Brasil, viveu em Milão e agora reside no Estoril. Assim como o dinheiro que gasta com festas de aniversário, joalharia, carros e outros, e o facto de não dar a sua riqueza ao povo português, pobre e descompensado.
A Judite resolveu vestir o manto vermelho e acusar o rapaz de fútil, de desfrutar de uma riqueza que em portugal devia ser crime, e quase culpar o "cristo" da crise instalada.
No final, quase me apeteceu dar uma moeda ao Lorenzo e uma chapada à Judite, principalmente, quando tantas vezes já passou pelos holofotes da tv portuguesa um senhor chamado Cristiano Ronaldo que é cópia chapada da vida de fausto do Lorenzo Nobody Gives a Fuck Who, e considerado imagem de sucesso.
PAS
(Comentário inserido na iniciativa: Faça a sua Declaração de Voto, in Aventar)
É inacreditável, com o devido respeito que me merecem as opiniões dos comentadores, a falta de cultura politica que reina em Portugal. Chegam a ser quase criminosas certas afirmações de motivações políticas de determinados partidos. Para ter a cereja no topo do bolo só falta mesmo a ideia de voto estético “porque este é mais bonito” ou “porque aquele é mais velho”.
De facto num país assim onde a iliteracia reina, não há como escapar a governos incompetentes (como o pretérito, de Sócrates), que põe cada cabeça portuguesa a pagar aquilo que muitos jamais saberão contar.
A história para muitos é um queijo Emmental, é de memória selectiva. Ninguém se lembra do pós 25 de Abril e do desgoverno absoluto. A falta de dever social que se acomodou sob a égide comunista. Quem decide votar CDU ou BE tem necessariamente que saber o que isso significará:
1. Fuga de capitais – mais desemprego, maior empobrecimento.
2. Sistema bancário inoperante – economia em caos.
3. Nacionalizações sem peso – sector privado em risco.
4. Incumprimento da dívida externa – possível saída da zona euro, espaço schengen e isolamento total das restantes economias.
Quem decide votar no PS de José Sócrates, certamente terá um quê de masoquismo em si, ou então passou por entre as gotas de água durante os aguaceiros dos últimos 6 anos. Não falo apenas na incompetência governativa e do culto de uma personalidade como indivíduo supremo de uma nação, falo também da subserviência a nomes fortes do partido colocados como dirigentes das maiores empresas nacionais, falo de programas sensacionalistas com objectivos funestos face à real educação do país. Falo de um estado social mais degradado; pobres, mais pobres, milionários mais milionários, classe média cada vez mais baixa e um país entregue a uma ajuda externa com salários em risco de incumprimento. É isto que significa votar PS.
Restam os partidos de centro direita, a verdadeira alternativa de governo, sem utopias ideológicas, com programas de emagrecimento do estado (imperativo porque nos custa muito dinheiro) racionalização da educação e saúde(não privatização, apenas mais cara para os mais ricos e mais acessível para os mais pobres); mas mais do que programas é importante relevar a presença de um jovem politico (PPC) com intenções nobres, sem ter ás costas um passado inglório de más governações, e cuja conduta tem pautado pela honestidade, e pela luta para derrotar um programa falhado de socialismo. Acredito piamente que uma AD entre CDS/PP e PSD será em tudo benéfico para o país e para os portugueses… que à conta de ilusões narcisistas terá 3/4 anos de muita dificuldade.
PAS
Observo, hoje, entre a celeuma que se ergue por ordem de uma “geração à rasca”, o percurso corrido e arrastado na lama de miséria que um Estado criou. São anos, quiçá décadas, de subserviência a uma centelha de normas e ditames castrantes e insultuosos à condição humana, ironicamente condecorados pelo “papismo” de líderes políticos sob a égide de reformas, crescimento e competitividade. De permeio, no beiral dessa estrada olhada, vemos a exploração de uma classe de sonhos de morte anunciada. Vemos um princípio de escravidão, que lentamente, qual doença crónica foi evoluindo para se transformar numa relação perniciosa, de autoflagelo e sadismo.
Observo, hoje, a relação promíscua entre a jovem inocência laboral e o patronato como um qualquer síndrome de Estocolmo, onde o flagelante – patrono – toma um papel tão preponderante na sobrevivência do jovem, que este se submete ás condições que o primeiro desenha, sem contestar o conteúdo. E se neste cenário, como qualquer vítima de sequestro, é compreensível o laxismo e a inércia do jovem, pela situação de dependência decrépita que se criou, o mesmo já não acontece na figura de quem assume o papel director. Que dimensão de sadismo existe no corpo de quem submete o futuro da sua prole aos desígnios da precariedade? Quando é que o egoísmo de quem foi um dia filho e jovem se transformou na gerência pérfida desta sociedade?
São falsas questões, tão falsas quanto o caminho que muitos dos protagonistas desta hecatombe social percorreram rumo ao lugar mais alto da hierarquia, contornando regras, subornando opiniões, cultivando títulos de glória sem guerra, sem suor. Contaminando a infância com falsos conceitos de igualdade e justiça, fazendo porventura crer aos seus filhos que a desonestidade é o direito, a mentira o mérito. Que geração esperar desta descendência?
Não compreendo uma sociedade que usurpa quem mendiga pela sobrevivência, em nome da austeridade e permite, qual vassalagem à luxúria e ao fausto, salários principescos a compadres, por certo de qualidades supremas.
Contabiliza-se, de forma oficial, 25 por cento de jovens adultos portugueses no desemprego, arrisco-me a depreender que outros 25 estarão entregues à “misericórdia” do patronato e dos seus falsos recibos verdes, arriscando mês sim, mês também, uma nota de sincero agradecimento pelos serviços prestados junto a uma declaração de dispensa, sem a salvaguarda que a nossa constituição de direito e democracia acertou um dia pela virtude de quem trabalha. É uma chaga. Uma vergonha.
Pergunto que futuro espera uma nação quando hipoteca a vida de quem um dia terá aos ombros a tarefa de a carregar?
PAS
As perguntas que gostaria que fizessem a José Sócrates:
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